Não foi em Minas Gerais, mas no Pico do Jaraguá

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Conhecido por ser o ponto mais alto da região metropolitana, com 1.135m de
altitude (o que justifica as antigas antenas de televisão espetadas em seu cume),
hoje as pessoas escalam o morro em busca de um mirante para ver a paisagem
da Capital Paulista. No final do século XVI, porém, elas eram atraídas por outra
beleza: a do ouro.
Segundo historiadores, muito antes do ciclo do ouro ocorrido em Minas Gerais, no
século XVIII, o Jaraguá já atiçava a cobiça dos mineradores por abrigar jazidas do
minério. Não só ali, mas em outros pontos da atual Grande São Paulo: como a
Serra da Cantareira, Guarulhos e Santana de Parnaíba.
Em 1604, o garimpeiro sertanista Clemente Álvares informou à Câmara da Vila de
São Paulo que desde 1592 vinha explorando ouro nas regiões do Jaraguá e
Cantareira.
Outros historiadores dizem que caminhando por uma trilha fechada dentro da
aldeia indígena guarani Tekoa Itakupe, nas encostas do Pico do Jaraguá,
passando por nascentes e árvores centenárias, nos deparamos com um
impressionante paredão de pedra. Produzido com blocos de quartzo extraídos do
próprio local, a primeira impressão é de uma obra de uma antiga civilização na
Zona Norte da Capital Paulista.
Além do paredão, outra referência histórica que remete ao período da “corrida do
ouro paulistano” é a casa do século XVI do bandeirante e minerador, Afonso
Sardinha, presente ainda hoje dentro do Parque Estadual do Jaraguá.


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