Aos torcedores de todos os times

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Cai, cai é utilizado pelos clubes brasileiros, muito antes daquele
moleque dar vexame nos campos. E com a camisa do Brasil.
Numa análise imparcial e sem o entusiasmo de torcedor, o que se
vê, em praticamente todos os jogos praticados em equipe, é que
quem manda – na realidade – não são os técnicos e – sim – os
jogadores.
Tanto é verdade que de nada adianta todo o estratagema elaborado
pelo técnico ser minuciosamente repassado a cada um de seus
jogadores, para que estes os aplique em campo, se os próprios não
estiverem afins de segui-lo.
Dentro das quatro linhas – campo ou quadra – quem ‘monta’ o
estratagema são os jogadores, não os técnicos. Mesmos que estes
fiquem berrando nas laterais.
Aí, quando um time perde uma…duas…três partidas consecutivas, a
torcida cai por cima do técnico, exigindo sua cabeça. Agridem-no
com palavras de baixo calão, picham muros dos CTs, quebram
portões, são presos.
Esquecem-se, inflamados pela decepção, que os verdadeiros
culpados são os jogadores que não seguiram seus mestres. Ou
porque não o querem mais. Ou porque estão insatisfeitos com seus
mandos e desmandos. Ou porque a diretoria não cumpriu o
prometido para com eles. Ou porque a própria diretoria precisa de
um álibi para dispensar tal técnico. E por aí vão as desculpas…
Vale lembrar – claro! – que alguns técnicos nem deveriam sê-lo ou
estar no cargo… Porém, o que é preciso anotar é que a culpa, na
maioria das vezes, não é do técnico e, sim, dos jogadores.

Assim também acontece nos mais diversos setores sócio-político-
econômico. Então, antes de condenarmos ou pedirmos a cabeça de
algum técnico, analisemos os jogadores.
Em outras palavras: antes de criticarmos o técnico federal, voltemos
nossa atenção e análise aos ‘jogadores’ que estão nos campos
dentro da quadra.


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